Continuamos e continuaremos a ter o nosso melhor talento, que nós criamos, a sair pela nossa porta fora à procura das outras oportunidades, à procura de quem reconheça o seu potencial
Ao longo destes dias foram sendo conhecidos os dados de mais um Estado da Nação produzido pela Fundação José Neves, que em conjunto com os dados partilhados pelo INE demonstram que os jovens continuam a ser uma das faixas etárias mais prejudicadas neste país, no que à sua carreira laboral diz respeito.
Sabemos que a dada altura, seguramente no pós 25 de abril, o país percebeu que era fundamental o aumento da sua competitividade com o exterior e que no caminho para o atingir o conhecimento e a capacitação dos portugueses era um factor muito importante de desenvolvimento, senão o mais importante. Nesse sentido, nas últimas duas décadas aproximámo-nos para perto da média da União Europeia e, na faixa etária entre os 25 e os 34 ultrapassámos a percentagem de jovens qualificados, para 45%, como soubemos através dos dados revelados pela Eurostat, em meados do ano passado. Cabe-me realçar que este aumento, se é inegável uma quota parte de esforço do estado, ao longo dos últimos 50 anos, a larga maioria de esforço continua a ser imputado às famílias portuguesas, pois são elas que suportam a maioria dos custos reais da permanência dos estudantes do Ensino Superior, aliás a Associação Académica de Coimbra no último mês informou-nos que em média um estudante gasta 518€ por mês ao que juntamos o valor da propina, perfazendo 587€. Naturalmente que registamos uma variação consoante a cidade, instituição de Ensino e grau de ensino, mas claro, estes valores são mais altos nos casos de Lisboa e no Porto, onde infelizmente se concentra a maioria do nosso sistema de ensino superior.
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