Contacte-nos: 93 816 01 39
geral@cnj.pt
CNJCNJCNJCNJ
  • INÍCIO
  • QUEM SOMOS
    • MISSÃO
    • ESTRUTURA
    • ESTATUTOS
    • ORGANIZAÇÕES MEMBRO
    • BOLSA DE FORMADORES
    • LISTA DE PRESIDENTES
  • O QUE FAZEMOS
    • INOVAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, AMBIENTE E TERRITÓRIO
    • DEMOCRACIA, PARTICIPAÇÃO E ASSOCIATIVISMO
      • Schlüsseldienst Berlin
    • SAÚDE, BEM-ESTAR E DESPORTO
    • EDUCAÇÃO, CIÊNCIA, CULTURA E INCLUSÃO
    • EMANCIPAÇÃO JOVEM: TRABALHO DIGNO E HABITAÇÃO
  • PROJETOS
  • NOTÍCIAS
    • ARTIGOS DE OPINIÃO
    • CLIPPING
  • CONTACTOS

Os 44 calotes do Novo Banco

Hugo Carvalho, Presidente do CNJ escreve no Jornal “Público”  um artigo com o título “Os 44 calotes do Novo Banco”

“Hoje o que eu sei com segurança é que 44 pessoas ou entidades estão a criar o grosso de um problema de 5,4 mil milhões que eu, como português, sou chamado a resolver, pagando.

Muitas pessoas falam sobre a banca e o sistema bancário todos os dias, mas poucas o fazem em português: fazem-no atrás de palavras que a generalidade das pessoas não compreende, e talvez mesmo para que não compreendam… Vou tentar então fazê-lo; pedindo desde já desculpa aos financeiros pela falta de rigor dos termos: desta vez, é de propósito!

Segundo a imprensa, o Novo Banco tem emprestados 5,4 mil milhões de euros (5400000000! 10 dígitos!) e não sabe quanto deste valor irá receber. António Ramalho, que está à frente do banco (que nos disseram que era o banco bom), disse em entrevista que o “grosso do problema” está em 44 empréstimos, (“apenas 1 superior a 500 milhões”, diz como que para nos descansar) e compara com a situação anterior, quando 6 mil milhões de euros estavam emprestados a apenas 5 pessoas/entidades.

Sim, contavam-se pelos dedos de uma mão os que detinham 6 mil milhões em calotes; agora são “apenas” 44 os problemáticos. Tenho duas perguntas: Como? Quem?

Pelo que aconteceu no BES os portugueses já pagaram cerca de 8,5 mil milhões (10 dígitos!), isto é, o dinheiro dos seus impostos que já saiu ou sairá do seu bolso para a esfera dos bancos pós-BES. Nova pergunta: quanto?!

A generalidade das pessoas não trabalha no seu dia-a-dia com mais do que 4 dígitos (1000 euritos), e recebe bem menos do que isso. O facto de trabalhar com notas de 5 e 10 euros, às vezes uma de 20 ou de 50, gera uma dificuldade de conseguir quantificar estes valores (de 10 dígitos); façamos por isso aproximações.

  • 1,1 mil milhões de euros (10 dígitos) é mais do que recebem todas as instituições de ensino superior por ano do Orçamento do Estado; pelo que estamos a falar de valores que permitiam pagar mais de 7 anos de ensino superior em Portugal;
  • A comparticipação do Estado na construção dos estádios do Benfica, Boavista, Porto e Sporting para o Euro2004, foram cerca de 236 milhões: quando falamos de 8,5 mil milhões para o problema BES/Novo Banco estamos por isso a falar de 36 vezes mais;
  • Este valor são quase 15 milhões de salários mínimos;
  • E se o salário médio líquido dos trabalhadores por conta de outrem em Portugal é de 865 euros, 8,5 mil milhões dava para pagar 2 meses e meio a todos os trabalhadores por conta de outrem do país.

Ora, percebido “grosso modo” o quanto, é importante perceber que não só os portugueses já pagaram tudo isto, como vão continuar a meter dinheiro na banca de 3 formas: porque é lá que colocam o seu dinheiro (cedem a “matéria-prima” com que os bancos ganham dinheiro), porque pagam (cada vez mais) comissões bancárias por tudo e por nada (recentemente até jovens que estavam isentos de comissões na CGD passaram a ter de pagar também) e porque no fim, se a gestão der prejuízo porque grandes caloteiros não pagam os empréstimos que lhes foram dados sem garantias suficientes, é o contribuinte que paga outra vez.

Claro que não é esta a língua dos financeiros. O Banco de Portugal fala sobre isto nos seguintes termos: “A redução do stock de NPL, que ainda permanece elevado, exige que as medidas incluídas na estratégia abrangente continuem a ser adotadas”. São as “imparidades”, a “sobre-exposição ao risco de setores não estratégicos”, “os rácios de capital” e outras coisas assim… E esta linguagem vai camuflando o como.

Resta-nos o quem. Já sei que o problema é muito maior na banca toda e em todos os processos envolvendo bancos “resolvidos”, “falidos”, “defraudados” ou “descapitalizados”. Mas hoje o que eu sei com segurança é que 44 pessoas ou entidades estão a criar o grosso de um problema de 5,4 mil milhões que eu, como português, sou chamado a resolver, pagando. Eu pago, voluntariamente ou por imposto. Mas quero saber quem são! E considero ter direito a isso!”

  • INÍCIO
  • QUEM SOMOS
    • MISSÃO
    • ESTRUTURA
    • ESTATUTOS
    • ORGANIZAÇÕES MEMBRO
    • BOLSA DE FORMADORES
    • LISTA DE PRESIDENTES
  • O QUE FAZEMOS
    • INOVAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, AMBIENTE E TERRITÓRIO
    • DEMOCRACIA, PARTICIPAÇÃO E ASSOCIATIVISMO
      • Schlüsseldienst Berlin
    • SAÚDE, BEM-ESTAR E DESPORTO
    • EDUCAÇÃO, CIÊNCIA, CULTURA E INCLUSÃO
    • EMANCIPAÇÃO JOVEM: TRABALHO DIGNO E HABITAÇÃO
  • PROJETOS
  • NOTÍCIAS
    • ARTIGOS DE OPINIÃO
    • CLIPPING
  • CONTACTOS
CNJ
Este site utiliza cookies de acordo com a política em vigor. Ao continuar a navegação está a aceitar a sua utilização. Caso pretenda saber mais, consulte a nossa política de cookiesAceitar Saber Mais
Política de Privacidade / Política de Cookies

Privacy Overview

This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
Necessary
Sempre activado
Necessary cookies are absolutely essential for the website to function properly. This category only includes cookies that ensures basic functionalities and security features of the website. These cookies do not store any personal information.
Non-necessary
Any cookies that may not be particularly necessary for the website to function and is used specifically to collect user personal data via analytics, ads, other embedded contents are termed as non-necessary cookies. It is mandatory to procure user consent prior to running these cookies on your website.
GUARDAR E ACEITAR