Celebramos hoje o Dia Nacional do Estudante. Este dia, por norma comemorado junto da comunidade académica, será hoje diferente, mas não menos importante.
O Dia Nacional do Estudante foi estabelecido pela Assembleia da República em 1987 como reconhecimento da luta dos estudantes pela liberdade em Portugal. Hoje o Conselho Nacional de Juventude não escreve uma “Carta à Nação” como os estudantes de Coimbra o fizeram em 1969 pedindo “uma universidade nova num Portugal novo”, mas estamos provavelmente, perante a maior mudança no sistema de ensino do nosso século. A digitalização chegou e também nós, jovens, pedimos agora que o compromisso assumido aquando da instauração deste dia seja honrado.
Este ano, devido à pandemia de COVID-19 que vivemos, o paradigma do ensino mudou. Por algum tempo, as principais discussões não voltarão a ser sobre a flexibilização curricular no caso do ensino secundário ou sobre o RJIES no ensino superior. Serão sim sobre a digitalização do ensino, a (falta de) preparação do nossos sistema para tal e, acima de tudo, sobre equidade. Garantir o acesso de todas e todos a uma educação de qualidade, seja presencialmente ou à distância. Esta tem sido uma preocupação recorrente ao longo do tempo da Juventude e hoje, em plena Era da tecnologia, o acesso das e dos jovens a um ensino de qualidade – garantindo que têm as ferramentas como um computador e internet e acesso à plataforma de ensino – não pode ficar fora das nossas prioridades.